Sem vontade alguma de negar e mergulhada em uma alegria escaldante, sorria. De si mesma e da bobagem de revisitar antigos contos de criança fada. Não bobagem de desperdício. Vivia sua descoberta e era por puro prazer que vivia. Encontrava o eco de seus desejos nas palavras daquele que viera de alguma parte do universo analógico ou digital, mas o importante é que chegara, trazendo sinceridades em um buquê fresco e colorido, desenhado em sua circunferência por um delicado invólucro de detalhes brancos. E o céu como espelho refletia o furta cor da oferta que se repetia ao passar dos dias, que mais pareciam anos, uma eternidade e só o início. Numa áurea envolta de bem estar, estavam. E iam permanecendo... Há, sobretudo, um mistério instigante, que para o coração de mulher trazia também receio. Era o medo do que era demais e que, por Deus, não podia esfacelar. Por isso ela cuidava, preservava-se como podia do êxtase que ele lhe causara. Ela sabia que estava mergulhando fundo, e gostava da sensação. Fechava a janela da retina e ia visitar campos floridos, mãos dadas, sorrisos... Via mais. Via verdade de um sentimento partilhado, sem arames farpados, sem meias palavras. Ansiava o encontro daquilo que já existia em um segredo mal velado, como se por um segundo, em avalanche, os sentimentos negassem-se o silêncio e esparramassem, para depois calar resguardando-se. Faltando palavras e sobrando vontade de dizer-se. E o tempo? Correndo no seu tempo, ritmado, possibilitando toda espera, todo querer... Aliado e diálogo comum, aos dois seres que já não negam que algo neles, tão deles, se encontrou. E não será mais igual.
Por Rafaelle Melo.
Teu texto inaugura em mim a espera.
ResponderExcluirBeija-flor, ensina-me a modelar as rosas e ter a leveza das pétalas?
Pipa e Rafinha: dois tesouros do amor da palavra, pulsando no ar, renascendo-se. Lindas
ResponderExcluirAh Rafinha, sorri com esse teu renascimento, esse texto inaugura sua nova fase. a do coração.
ResponderExcluirBeijos!!
Que lindo amiga! Muito bom ler isso...
ResponderExcluirSabe quando vou ler esse texto por completo?
ResponderExcluirQuando eu ver irradiar dos teus olhos a alegria, por que são deles que te gosto de te ler. :)
é encantador a maneira como você expõe nesse blog o teu renascer, como disseram aqui, tua palavra pulsa, é um porto onde quero parar diversas vezes só para contemplar.
Como daquela vez em que ficamos por um bom tempo olhando o mar e nos encontrando em palavras que muitas vezes nem nós mesmas entendemos. rs
Alma, seguro tua mão agora levemente, só pra te ver dançar, só pra te ver sorrir.
Só para destacar algo que mexeu comigo:
ResponderExcluir"aos dois seres que já não negam que algo neles, tão deles, se encontrou. E não será mais igual."
Fantástico e brilhante!
ResponderExcluirViva ao amor...viva o amor! =)
Beijos
Achei muito lindo!
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