Vi um casulo.
Vi a rudeza de seus contornos.
Doeu-me sua brutalidade de vida ,
E nada pude fazer.
Sufoquei-me como quem recusa o ingerido
- e fica ali mesmo, atravessado na goela.
Foi com dor que suportei,
nem sei qual força,
resisti.
Foi entre brechas.
Poros infinitos e incontáveis.
O que nunca deixou de ser vida,
Transmutava-se
A surpresa me ficou mantida,
desvelada
lentamente
Foi na crueza poética daquele dia
E mais um dia, e mais um dia.
Foi na firmeza do fino fio que preservava-me que deixei de ser,
Sempre sendo:
asas firmes,
casulo forte,
delicadeza.
Ressignifiquei a liberdade.
Rafaelle Melo.
Tá simplesmente lindo demais da conta esse teu novo layout. Nossa. Parabéns!
ResponderExcluirBeijos
Maya Quaresma
Que linda borboleta é esse poema! :) Bjs
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