quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Sentido.



"A gente só não inventa a dor
A gente que enfrenta o mal
Quando a gente fica em frente ao mar
A gente se sente melhor"
("A letra A" - Nando Reis)





Talvez seja assim... Sempre chegue a hora de olhar frente a frente os sentimentos escondidos no sótão. Já não se consegue negar, na verdade nem sequer faz sentido, nem se quer... Cansa-se deste esforço quase banal. Mas – a vida levanta seu advogado de defesa – banalidades são partes da história, como tantas outras. Deixe que fiquem, que sejam. Encaro. Olho com um pouco mais de atenção. Não há nada mais de tudo que havia de concepções. O que vejo é um coração humano batendo, o que certamente não há de espantar desde as remotas descobertas da anatomia.
Acabo de selecionar aquela música na playlist e sei que há risco de sangrar, mas hoje há risco de sorrir de forma livre, gostosa que só... Sorriso de quem sente. Sinto muito, certinhos, mas eu sinto muito! Sinto amor e dor, sinto tristeza e desejo, sinto frio... Posso sentir?
Talvez o sentido seja esse, e eu não ligo se isso for só uma especulação. Porque a necessidade agora é só sentir, ainda que cheia de inconstâncias, incompletudes... Paciência. Ainda que proibido, indevido, cheio de razões para não ser... Sentido.


Rafaelle Melo.






"Sentimos que nunca acaba
De caber mais dor no coração
Mas não choramos à toa
(...)
Volte para o seu lar,
Volte para lá."
(Chicas)

Um comentário:

  1. Putz! Eu só consigo sentir!
    arrepiei da ponta dos dedos a ponta dos cabelos.
    Deixa eu respirar um pouco mais para fazer um comentário mais elaborado, talvez.

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